O Estado é uma junta administrativa que defende apenas os interesses da Burguesia e da classe que o domina, seja essa de orientação política à direita, centro, ou esquerda”.
Dizer que o Estado é imparcial e que perante o Estado todos/as somos iguais é uma afirmação totalmente falsa.
A começar do princípio de que este é o principal ator e articulador participante nas conjunturas oligárquicas e dessa maneira, sempre representará primeiro e de forma prioritária, as demandas das mesmas.
O Estado é uma máquina de opressão da classe social que o controla.
Se for dominado pela burguesia, é um Estado capitalista. Na atualidade e para ser mais preciso, podemos usar a definição “neoliberal”.
Se for dominado pela classe trabalhadora é um Estado proletário, ou seja, o Estado nunca é neutro nem igualitário para todos, mas tem um caráter extritamente classista.
Quando nos falam do “Estado ou da Pátria”, temos que nos perguntar:
A qual classe social nos referimos?
O Estado e o país têm um caráter de classe explicitamente impresso em sua essência estrutural e existencial, no obstante este sempre tratará de usar de métodos alienatórios para transparecer uma faceta de algo inexoravelmente essencial ao público, para a manutenção da harmonia social.
Essa alienação é tão eficaz, que chega ao ponto de convencer aos trabalhadores e trabalhadoras oprimidos e oprimidas de que é impossível uma sociedade se organizar na ausência de um Estado, através do monopólio e imposição do sistema educacional e o conteúdo ensinado em suas instituições , sejam essas de iniciativa privada ou pública, subsidiadas pelos governos ganhando assim defensores/as entre os próprios/as oprimidos e oprimidas. Além do controle do conteúdo apresentado ao público, através dos meios de comunicações burgueses.
Ressaltamos que a tarefa histórica da classe trabalhadora, quando institucionalizada e partidarizada, tem sido lutar por implementar um Estado socialista e que sempre termina com o resultado de ditaduras tão cruéis e sangrentas como as da direita fascista e conservadora, sempre através das Forças de Repressão desse Estado.
Dessa maneira essa classe trabalhadora se torna coadjuvante e termina sendo subjugada pelo Estado, por uma classe governante militarizada, opressora e priveligiada dentro de sua conjuntura sociopolítica e que sempre manterá o controle através da repressão institucionalizada.
No Modo de produção capitalista, a classe dominante é uma minoria burguesa e inevitavelmente também precisa da força repressiva para impor seu domínio sobre a maioria da população.
Estas instituições, que são as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica, mas que também são constituídas pelas Forças de Repressão do Estado, Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil, Segurança Privada, etc…), constituem todo o aparato repressivo que atua na defesa dos interesses da classe rica dominante, a burguesia.
Assim como no Estado proletário, as Forças Armadas são o pilar fundamental do Estado burguês capitalista.
Sem as Forças de Repressão do Estado a burguesia não poderia manter seu domínio através da força, mêdo, violência desmedida, poder e detenção dos meios de produção, ao sujeitar a classe trabalhadora à opressão de um modo de produção totalmente cruel, desumano, injusto e desigual.
Essa dinâmica injusta da manutenção do poder é baseada na exploração dos/as trabalhadores e trabalhadoras, assim sendo essa classe é condenada de forma vitalícia a uma vida de pobreza, sofrimento e escravidão constante, enquanto os patrões, políticos, militares, etc… gozam dos benefícios desiguais e classistas do atual neoliberalismo, tudo baixo o subjugo da ponta de fuzis e pistolas, além de detenções e condenações injustas com a privação total da liberdade a quem se opõe a isso.
Quando ocorrem revoltas populares, as Forças Armadas se encarregam da repressão, para sustentar o domínio da classe empresarial e de todos os seus governos déspotas, burgueses e atores principais participantes da oligarquia.
As Forças de Repressão do Estado jamais estiveram para defender as demandas populares e cuidar da integridade da classe trabalhadora, ou para proteger a cidadania.
Quando a força de mobilização social é muito poderosa e os governos burgueses e Estados totalitários não conseguem manter o poder, dificultados pela luta dos/as trabalhadores e trabalhadoras, as Forças Armadas se transformam em governo, dando origem ao fascismo das ditaduras capitalistas.
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