Apoie A Sua Cena Artística Local!!!

Em minha existência como músico amador, designer gráfico, artista gráfico, tatuador, artesão, ilustrador, e amante da arte, tenho a impressão de que mais de 97% das pessoas adotam um discurso pseudo-positivista, de apoiar a artistas e artesãxs locais, mas não reservam sequer uma ínfima parte se seu orçamento mensal a esse fim.

"Um mundo sem artistas, seria como ter a obrigação inalienável de não ser indivídux, como formigas que nascem, se desenvolvem e morrem com um único e inexorável objetivo determinista na vida. A vida humana sem artistas não teria real sentido filosófico existencial."

“Um mundo sem artistas, seria como ter a obrigação inalienável de não ser indivídux, como formigas que nascem, se desenvolvem e morrem com um único e inexorável objetivo determinista na vida. A vida humana sem artistas não teria real sentido filosófico existencial.”

Não é por falta de recursos financeiros, pelo menos na maioria dos casos de que ostenta tal narrativa.

Têm dinheiro para comprar bebida alcoólica, comida venenosa, drogas ilícitas, cigarros, supérfluos para satisfazer o próprio ego no shopping center, andar na moda, se locomover de Uber ou 99 pra fingir um status que não tem, mas não tem dinheiro para comprar arte e artesanatos de artistas e artesãxs locais e emergentes.

Têm dinheiro, para Netflix, Amazon Prime, HBO, You Tube Premium, TV a cabo, canais de esportes, mas não pensam nos artistas, músicos, musicistas, escritorxs, malabaristas, circenses, artesãxs, etc…
(A lista de modalidades artísticas me soa interminável).

No obstante não alegam não ter recursos financeiros para apoiar a sua cena artística local.

Preferem comprar tudo empacotado, fabricado, etiquetado, rotulado, caro, padronizado e dessa forma, perdem o que há de mais belo na essência humana – A virtude natural de cada qual, em ser uma entidade única em sua existência intrínseca.

Já imaginaram um mundo sem artistas?

E quando digo artistas, o termo abarca a todas as modalidades artísticas.

Não haveriam filmes, livros, músicas, tendências criativas, séries, design de roupas, arte  culinária, joalheria, poesia, animações, circos, instalações, informação visual, estética, gráfica, revistas, jornais, fotografias, álbuns, cartazes, capas de discos, baralhos, jogos-de-mesa, brinquedos, HQ ou comics, figurinhas de chats ou colecionáveis, documentos, logos, interfaces, móveis, utensílios em geral, lápis coloridos e comuns, canetas, pincéis, tintas, estampas textis, elegância, opções na hora de escolher aquilo que mais combina consigo próprix, etc…

Um mundo sem artistas, seria como ter a obrigação inalienável de não ser indivíduxs autônomxs, como formigas que nascem, se desenvolvem e morrem com um único e inexorável objetivo determinista na vida.

A vida humana sem artistas não teria sentido filosófico ou psicossocial.

Artistas, abrangido o termo geral do vocábulo, não são vagabundxs que não querem trabalhar, são entes sociais que decidiram seguir sua verdadeira vocação, pois de outra forma estariam fadadxs a uma triste vida de sujeição, depressiva, nula e pragmática.

Para umx artista, não seguir sua verdadeira vocação, seria a morte em vida.

A arte é a essência que gera a expressão da rebeldia. 

Ao oferecer a sua arte por um preço justo, artistas e artesãxs não estão pedindo esmolas, mas sim proporcionando ao público o resultado de anos de estudos meticulosos, noites sem dormir, privação de vida social e esforços incalculáveis, sejam elxs de formação acadêmica ou autodidática.
São anos preciosos de nossas vidas e isso não tem fim enquanto vivamos!

A pergunta que não se cala e insiste em pronunciar -se em minha mente é a seguinte: O QUE VC  ESPERANDO PARA APOIAR A SUA CENA ARTÍSTICA LOCAL?

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1° de Maio, dia do trabalhador/a, dia de luta e luto.

Os trabalhadores assassinados no dia 1° de maio de 1886 eram todos anarquistas. A demanda “utópica” da época era de 8 horas de jornada de trabalho, 8 horas de sono e 8 horas de tempo ocioso para uso pessoal. Se vc desfruta desses direitos conquistados através do sangue e da luta até a morte desses mártires anarquistas, jamais diga que o anarquismo é uma utopia.

Uma manifestação de trabalhadores/as de Chicago, EUA, pela redução da jornada de trabalho no dia 1° de maio de 1886, há exatos 135 anos.

O protesto pacífico encerrou-se à base de violência policial com um saldo macabro de dezenas de feridos e onze mortos. Oito organizadores anarcossindicalistas, foram incriminados injustamente.

Três foram presos, um suicidou-se (versão oficial) e quatro, Spies, Fischer, Engel e Parsons, foram enforcados.

Os meios de comunicação oficiais simplesmente omitem que tais direitos foram conquistados pela organização sindical anarquista, que era muito popular à época (pesquisar sobre anarcossindicalismo, século XIX).

Já que uma jornada de 8 horas era uma “utopia”, esses meios preferem difamar, desinformar,  deturpar e associar o anarquismo ao caos, desordem e falta de organização, pois assim poderão convencer a classe trabalhadora de que o anarquismo é “utópico”, sendo que o anarquismo tem suas próprias vertentes políticas e sua orgânica é tão avançada que não há a necessidade de partidos ou autoridades, sendo totalmente acráta.

Sequer o Estado se faz necessário.

Acha impossível?

Pois à época da humanização das jornadas laborais em turnos de 8 horas, também se achava impossível “apenas” 8 horas de trabalho, o sistema financeiro colapsaria, patrões iriam à falência, não haveria renda o suficiente para pagar tantos trabalhadores, a sociedade decairia à miséria e ao caos, regrediriamos à época medieval, entre tantas outras falácias utilizadas como argumentos conservadores

Isso mesmo, conservar os privilégios dos ricos e poderosos, assim que se vc é proletariado e se define conservador, está mais do que na hora de adquirir um pouco de leitura e rever seus conceitos, pois há uma séria inversão de valores na sua percepção da realidade.

Estava totalmente normalizado trabalhar entre um mínimo de 12 até 16 horas, ou até mesmo 18 horas, sendo que era comum que trabalhadores eram coagidos a levar suas crianças, para ter um mísero acréscimo no salário, daí a razão de haver tanto analfabetismo nesse tempo, pois se não fosse burguês, era praticamente impossível manter todos os filhos na escola.

Muitas vezes se escolhia apenas um para estudar, quando isso era possível.
Mulheres não recebiam sequer a metade do salário em comparação aos homens.

Isso é o quê burgueses e fascistas, conservadores da época queriam conservar.

Te faz lembrar a política atual do Brasil, com a reforma trabalhista, trabalhos precarizados, fim da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a reforma da previdência que obriga a classe trabalhadora laborar até morrer?

Acha que os tempos antigos eram melhores como afirmam os fascistas e patrões burgueses?

Mentira que infelizmente ouço diariamente da boca de quem trabalha, convencidos das mesmas porque “é o que se diz”…

Um dos pilares do fascismo aliás, é esse saudosismo conservador, que evita de todas as formas a evolução sociológica de nossa civilização, aliado ao atual neoliberalismo.

Pois agradeça aos anarquistas pelos direitos que você herdou desses mártires que deram suas vidas, por algo que sequer gozaram.

Continua opinando que o anarquismo e suas tendências são utópicos?

Se a resposta é sim, desculpa dizer, mas você não entendeu absolutamente nada, ou é um analfabeto funcional, ou realmente é uma questão de moral, com valores totalmente inversos

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Reféns

Está normalizado ser reféns da grande oligarquia capitalista, de forma intrínseca.
Devemos pagar contas absurdas de eletricidade num cenário onde 25% da população, sendo essa parcela a mais pobre, que corresponde a pouco mais de 3% da demanda energética enriquece assim ainda mais a nefastos milionários e seus grupos, enquanto grandes empresas, bancos, mineradoras, redes de supermercados, redes de farmácias, etc. pagam tarifas muitíssimo mais baixas, podendo inclusive acumular dívidas milionárias e, praticamente, impagáveis.
Se quem trabalha atrasa um pagamento sequer, de forma desumana se corta o fornecimento sumariamente, no máximo no dia seguinte.
Fenômeno similar que acontece com a água e o gás de nossos lares.
Existem tecnologias para o acesso livre e gratuito  desses recursos, como painéis de energia fotovoltaica, hélices para converter energia eólica em eletricidade, poços artesianos, cisternas para captação de água da chuva, telas que captam as gotículas do orvalho, bio-digestores que processam todo e qualquer tipo de resíduos orgânicos como fezes, restos de comida, resíduos vegetais, etc. e os convertem em gás para cozinha…
Estamos condicionados a viver subjugadxs à submissão capitalista, assim sendo a classe trabalhadora paga orgulhosamente suas contas mensalmente, tudo baixo o aval da falsa meritocracia e dessa forma, viver um pseudo-bem-estar, forçosamente sendo exploradxs com o mentiroso título de cidadãxs bem-sucedidxs.
Absurda realidade distópica de costumes surreais.

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Dois Caminhos

Há somente dois possíveis caminhos para a pandemia em território brasileiro:
1.Continuar como estão, negligentes, negacionistas, irresponsáveis e ausentes de empatia, auxílio-emergencial miserável que não corresponde sequer a ¼ parte do salário mínimo…
Resultado trágico, mais de um total de 600 mil mortes até julho, cifra que pode superar a casa do 1 milhão antes mesmo do fim de 2021, aumento da fome, miséria.
Lembrando que atualmente e pela primeira vez, a pandemia de SARS-COV2 mata mais em território brasileiro do que todas as outras doenças juntas.
2. Conscientização e adesão a todos os protocolos de prevenção ao contágio, auxílio-emergencial de um salário-mínimo (pois de outra maneira se torna inevitável aglomerações em transportes públicos, trabalhadores informais têm que sair a ganhar o pão, pequenos empresários fecham suas portas e são obrigados a sair para procurar emprego ou cair na informalidade, grandes empresários absorvem os ganhos de pequenos negócios fechados, o valor da mão-de-obra cai devido àlta demanda de desempregados em equivalência à baixa oferta de empregos. Ricos aumentam exponencialmente suas riquezas …), vacinação em massa, de forma prioritária e equitativa e a destituição total da chapa Bolsonaro / Mourão, com a dissolução total desse governo genocida, responsável pela hecatombe em marcha neste território.

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A revolta social no Chile: o desabamento das instituições e o fim de um ciclo histórico (parte 1)

(Matéria original escrita por Ignacio Muñoz, para o Repórter Popular)

 

“O Chile está às portas de um plebiscito histórico, se nada misterioso se articular desde as trevas do governo de Piñera para evitá-lo. No dia 25 de outubro, o povo tem a chance de escolher o possível começo do fim do legado constitucional – e por consequência político – da ditadura, que organiza o país de maneira quase absoluta até hoje. Tudo isso só foi possível graças à revolta social do 18 de outubro do 2019, a qual se alastrou por todo o território chileno durante longas e alegres semanas.

Foto: Frente Fotográfico

Tentar desvendar, em partes, como se chegou a esse inesquecível dia 18, e sobretudo como essa revolta é o novo articulador da política nacional, tanto institucional como não-institucional, é a missão que alimenta esta coluna, a qual tentarei desenvolver de uma forma organizada por capítulos. Terei a liberdade de contar a historia com rigorosidade, mas não com a ortodoxia e a formalidade que a academia nos propõe. A história do Chile se define pelo golpe de estado e se redefine, ou pelo menos começa a se redefinir, depois da revolta social. Isso é inquestionável.

Mas para continuar nessa viagem pelo presente, passado e futuro do Chile, é preciso entender a importância do plebiscito, suas limitações, bem como alguns detalhes técnicos da – em breve – antiga Constituição. Não pelo fato de amar leis, nem menos o estado, mas pela ausência programada e quase absoluta de justiça, de presença do estado e suas respectivas consequências, num país onde a desigualdade e o livre mercado foram institucionalizados por uma elite saudosa da ditadura. Um setor que agora atua envergonhado perante a ditadura e suas violações dos direitos humanos, porém não se envergonha da sua máxima lembrança e herança, a Constituição de 1980.

Agora é momento de entender o processo atual do plebiscito e suas projeções numéricas, como também entender por que se faz necessário este processo. A Constituição de 1980 foi um fruto concebido para ser imaculado e assim poder operar com total domínio legislativo, ainda que as forças adversárias fossem maiores que ela no território e momento em questão. Em outras palavras, uma obra jurídica que atua na prática como uma cláusula pétrea, com capacidade de olhar para o futuro, pois ela foi pensada olhando para o futuro. Sem dúvida, uma obra sinistra da ditadura e, sobretudo, de um de seus maiores ideólogos, Jaime Guzmán.

Novo Plebiscito: a esperança de uma real democracia e o fim da armadilha constitucional

A esperança de uma possível mudança constitucional é esperada com muita expectativa pela grande maioria do povo e, pelo que mostram as enquetes, a opção de Aprovação + Convenção Constituinte vai vencer por uma margem de 70% de apoio. Isso levará a um processo de dois a três anos para redigir a nova carta constitucional que guie o país. Até agora, salvo algumas reformas feitas em democracia, as quais são bem menores, a ditadura continua guiando o horizonte da política nacional em termos de administração pública e políticas de estado.

Isso ocorre pois ela foi criada propositalmente para operar como um cadeado jurídico e burocrático, o qual seria quase invulnerável, até na democracia. Tal maestria na elaboração da carta constitucional foi obra de Jaime Guzmán, fundador do partido político de direita UDI (União Democrata Independente). Para não cair em excessivos detalhes que façam da leitura deste artigo um motivo de soneca, mencionarei simplesmente, a modo descritivo, os percentuais que geram o cadeado de proteção desta constituição e que tornam impossível qualquer modificação da mesma. No âmbito das reformas constitucionais, os percentuais requeridos para qualquer modificação são de 2/3 ou 3/5, segundo o caso. Ou seja, precisa-se de um consenso impossível de se obter nas atuais condições orgânicas das forças políticas burocráticas.

Se continuamos na linha de explicar o cadeado deixado pela ditadura via Constituição de 1980, é importante falar sobre o caso das Leis Constitucionais Orgânicas, as quais são 18, e são um complemento do texto da Constituição. Elas são responsáveis por regular temas específicos, como o funcionamento do Tribunal Constitucional, Concessões de Mineiração, Estados de Exceção, Votações Populares, Lei Geral de Educação, entre outros temas. Estas leis se distinguem por precisar da aprovação de 4/7 dos senadores e deputados para sua reforma, ou seja, um quórum qualificado novamente impossível de conseguir, pois basta que a metade do senado, que é de direita, se oponha à reforma, e já automaticamente se acaba a opção de gerar alguma modificação na lei orgânica.

É muito importante entender, em todo este sistema, que o cadeado institucional que representa a Constituição do 80 no Chile se fortaleceu durante longos anos por um sistema eleitoral binominal, o qual também foi criado por Jaime Guzmán no final da ditadura, no ano de 1989, com o objetivo de gerar um duopólio político, entre direita e ‘centro-esquerda’. Basicamente, o sistema eleitoral binominal operava dando vagas no poder legislativo aos blocos mais votados em cada eleição e não necessariamente aos candidatos(as) mais votados(as) de maneira individual, gerando com o tempo a erosão sistemática da credibilidade de dito sistema e, por consequência, de todo o sistema político. Isso permaneceu até o ano de 2015, quando foi extinto na gestão de Michelle Bachelet.

Entender o aspecto jurídico e institucional do Chile se faz importante para a elaboração de qualquer análise que seja séria e responsável. A revolta social tem uma série de fatores que a motivam e que têm direta relação com a constituição política da ditadura. O próximo capítulo deste artículo terá uma análise de como a ‘centro-esquerda chilena’ aprofundou o modelo neoliberal e fez da elite um grupo de poder econômico e político capaz de ditar as pautas da sociedade sem contrapeso real. Até pode ser que encontremos similitudes em algumas etapas do processo chileno com a era Lula e sua triste conciliação de classes.”

A foto é da Frente Fotográfico.

Ignacio Munhoz é imigrante Latinoamericano, pesquisador informal das lutas populares, amante dos chocolates e do Colo Colo. Serigrafista emergencial até novo aviso. Samba e rap fazem parte do seu equilíbrio espiritual. Colunas de opinião quinzenais sobre conjuntura Latinoamericana.

 

Para ler a matéria original acesse:

http://reporterpopular.com.br/a-revolta-social-no-chile-o-desabamento-das-instituicoes-e-o-fim-de-um-ciclo-historico/

Para acessar o conteúdo de Ignacio Muñoz acesse:

http://reporterpopular.com.br/category/ignacio-munhoz/

Repórter Popular – O Povo Tem Voz

 

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O Estado, as Forças Armadas e as Forças de Repressão

   O Estado é uma junta administrativa que defende apenas os interesses da Burguesia e da classe que o domina, seja essa de orientação política à direita, centro, ou esquerda”.
Dizer que o Estado é imparcial e que perante o Estado todos/as somos iguais é uma afirmação totalmente falsa.
   A começar do princípio de que este é o principal ator e articulador participante nas conjunturas oligárquicas e dessa maneira, sempre representará primeiro e de forma prioritária, as demandas das mesmas.

O Estado é uma máquina de opressão da classe social que o controla.

O Estado é uma máquina de opressão da classe social que o controla.
   Se for dominado pela burguesia, é um Estado capitalista. Na atualidade e para ser mais preciso, podemos usar a definição “neoliberal”
   Se for dominado pela classe trabalhadora é um Estado proletário, ou seja, o Estado nunca é neutro nem igualitário para todos, mas tem um caráter extritamente classista.
   Quando nos falam do “Estado ou da Pátria”, temos que nos perguntar:
   A qual classe social nos referimos?
O Estado e o país têm um caráter de classe explicitamente impresso em sua essência estrutural e existencial, no obstante este sempre tratará de usar de métodos alienatórios para transparecer uma faceta de algo inexoravelmente essencial ao público, para a manutenção da harmonia social.
   Essa alienação é tão eficaz, que chega ao ponto de convencer aos trabalhadores e trabalhadoras oprimidos e oprimidas de que é impossível uma sociedade se organizar na ausência de um Estado, através do monopólio e imposição do sistema educacional e o conteúdo ensinado em suas instituições , sejam essas de iniciativa privada ou pública, subsidiadas pelos governos ganhando assim defensores/as entre os próprios/as oprimidos e oprimidas. Além do controle do conteúdo apresentado ao público, através dos meios de comunicações burgueses.
   Ressaltamos que a tarefa histórica da classe trabalhadora, quando institucionalizada e partidarizada, tem sido lutar por implementar um Estado socialista e que sempre termina com o resultado de ditaduras tão cruéis e sangrentas como as da direita fascista e conservadora, sempre através das Forças de Repressão desse Estado.
   Dessa maneira essa classe trabalhadora se torna coadjuvante e termina sendo subjugada pelo Estado, por uma classe governante militarizada, opressora e priveligiada dentro de sua conjuntura sociopolítica e que sempre manterá o controle através da repressão institucionalizada.
   No Modo de produção capitalista, a classe dominante é uma minoria burguesa e inevitavelmente também precisa da força repressiva para impor seu domínio sobre a maioria da população
   Estas instituições, que são as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica, mas que também são constituídas pelas Forças de Repressão do Estado, Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Civil, Segurança Privada, etc…), constituem todo o aparato repressivo que atua na defesa dos interesses da classe rica dominante, a burguesia.
   Assim como no Estado proletário, as Forças Armadas são o pilar fundamental do Estado burguês capitalista.
   Sem as Forças de Repressão do Estado a burguesia não poderia manter seu domínio através da força, mêdo, violência desmedida, poder e detenção dos meios de produção, ao sujeitar a classe trabalhadora à opressão de um modo de produção totalmente cruel, desumano, injusto e desigual.
   Essa dinâmica injusta da manutenção do poder é baseada na exploração dos/as trabalhadores e trabalhadoras, assim sendo essa classe é condenada de forma vitalícia a uma vida de pobreza, sofrimento e escravidão constante, enquanto os patrões, políticos, militares, etc… gozam dos benefícios desiguais e classistas do atual neoliberalismo, tudo baixo o subjugo da ponta de fuzis e pistolas, além de detenções e condenações injustas com a privação total da liberdade a quem se opõe a isso.
   Quando ocorrem revoltas populares, as Forças Armadas se encarregam da repressão, para sustentar o domínio da classe empresarial e de todos os seus governos déspotas, burgueses e atores principais participantes da oligarquia. 
   As Forças de Repressão do Estado jamais estiveram para defender as demandas populares e cuidar da integridade da classe trabalhadora, ou para proteger a cidadania. 
   Quando a força de mobilização social é muito poderosa e os governos burgueses e Estados totalitários não conseguem manter o poder, dificultados pela luta dos/as trabalhadores e trabalhadoras, as Forças Armadas se transformam em governo, dando origem ao fascismo das ditaduras capitalistas.
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