1° de Maio, dia do trabalhador/a, dia de luta e luto.

Os trabalhadores assassinados no dia 1° de maio de 1886 eram todos anarquistas. A demanda “utópica” da época era de 8 horas de jornada de trabalho, 8 horas de sono e 8 horas de tempo ocioso para uso pessoal. Se vc desfruta desses direitos conquistados através do sangue e da luta até a morte desses mártires anarquistas, jamais diga que o anarquismo é uma utopia.

Uma manifestação de trabalhadores/as de Chicago, EUA, pela redução da jornada de trabalho no dia 1° de maio de 1886, há exatos 135 anos.

O protesto pacífico encerrou-se à base de violência policial com um saldo macabro de dezenas de feridos e onze mortos. Oito organizadores anarcossindicalistas, foram incriminados injustamente.

Três foram presos, um suicidou-se (versão oficial) e quatro, Spies, Fischer, Engel e Parsons, foram enforcados.

Os meios de comunicação oficiais simplesmente omitem que tais direitos foram conquistados pela organização sindical anarquista, que era muito popular à época (pesquisar sobre anarcossindicalismo, século XIX).

Já que uma jornada de 8 horas era uma “utopia”, esses meios preferem difamar, desinformar,  deturpar e associar o anarquismo ao caos, desordem e falta de organização, pois assim poderão convencer a classe trabalhadora de que o anarquismo é “utópico”, sendo que o anarquismo tem suas próprias vertentes políticas e sua orgânica é tão avançada que não há a necessidade de partidos ou autoridades, sendo totalmente acráta.

Sequer o Estado se faz necessário.

Acha impossível?

Pois à época da humanização das jornadas laborais em turnos de 8 horas, também se achava impossível “apenas” 8 horas de trabalho, o sistema financeiro colapsaria, patrões iriam à falência, não haveria renda o suficiente para pagar tantos trabalhadores, a sociedade decairia à miséria e ao caos, regrediriamos à época medieval, entre tantas outras falácias utilizadas como argumentos conservadores

Isso mesmo, conservar os privilégios dos ricos e poderosos, assim que se vc é proletariado e se define conservador, está mais do que na hora de adquirir um pouco de leitura e rever seus conceitos, pois há uma séria inversão de valores na sua percepção da realidade.

Estava totalmente normalizado trabalhar entre um mínimo de 12 até 16 horas, ou até mesmo 18 horas, sendo que era comum que trabalhadores eram coagidos a levar suas crianças, para ter um mísero acréscimo no salário, daí a razão de haver tanto analfabetismo nesse tempo, pois se não fosse burguês, era praticamente impossível manter todos os filhos na escola.

Muitas vezes se escolhia apenas um para estudar, quando isso era possível.
Mulheres não recebiam sequer a metade do salário em comparação aos homens.

Isso é o quê burgueses e fascistas, conservadores da época queriam conservar.

Te faz lembrar a política atual do Brasil, com a reforma trabalhista, trabalhos precarizados, fim da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e a reforma da previdência que obriga a classe trabalhadora laborar até morrer?

Acha que os tempos antigos eram melhores como afirmam os fascistas e patrões burgueses?

Mentira que infelizmente ouço diariamente da boca de quem trabalha, convencidos das mesmas porque “é o que se diz”…

Um dos pilares do fascismo aliás, é esse saudosismo conservador, que evita de todas as formas a evolução sociológica de nossa civilização, aliado ao atual neoliberalismo.

Pois agradeça aos anarquistas pelos direitos que você herdou desses mártires que deram suas vidas, por algo que sequer gozaram.

Continua opinando que o anarquismo e suas tendências são utópicos?

Se a resposta é sim, desculpa dizer, mas você não entendeu absolutamente nada, ou é um analfabeto funcional, ou realmente é uma questão de moral, com valores totalmente inversos

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